
Estamos enfrentando uma crise de grande falta de gestão em nosso Município, isso já vem acontecendo desde algum tempo, mas agora está se agravando muito mais, e isso revolta os habitantes de Montanhas e seus familiares, que mesmo ausente, acompanham pelas redes sociais e emitem suas conclusões apavorantes com relação aos fatos ocorridos em nossa cidade.
A realidade dos tempos modernos nos remete a fazer juízo de valor neste sentido, em nosso dia a dia vem acontecendo relevantes casos que fere o bom andamento no convívio social de Montanhas, as pessoas não acreditam mais em liberdade, não confiam mais na capacidade administrativa pública, agentes políticos perderam a capacidade de fiscalizar a coisa pública, o executivo municipal deixou que a banalidade se perpetuasse no descrédito total da sua ingerência e isso leva para uma reflexão inexorável e deprimente. Ora! Se não existe respeito pelo povo, propositalmente este povo perde o respeito pelo gestor! É o que acontece hoje em Montanhas. A coisa tá ficando cada vez pior e naturalmente não podemos melhorar a condição de informação sobre a nossa cidade.
Temos recebido inúmeras ligações sobre denuncias na saúde, educação, segurança, obras públicas e outras mais… As pessoas não sabem mais como recorrer e nem a quem recorrer, dai procuram este instrumento de comunicação, Blog Montanhas em Ação, para exprimir e fazer ecoar seus relatos onde publicamente, possa ao menos, satisfazer suas indignações. Assim sendo, temos relatos de 3 moradores de Montanhas que depõem sobre uma médica que atua na cidade e que não consegue fazer um tratamento, que aos olhos dos leigos, não diz nada com nada, onde ao menos pudessem emitir orientações que demonstrasse interesse em resolver determinados problemas ou situações. “ Somos tratado como bicho, enfrentamos uma fila danada e quando chega a nossa vez a médica já colocando a bolsa no ombro, olha e diz assim: ainda tem você? Porque não entraram antes? E o atendimento é: você não tem nada grave não, pode ir pra casa e se despede e assim por diante” afirma um deles. Só frisei esta citação, porque coincidentemente os três disseram a mesma coisa, neste sentido. Não quero aqui, criticar a posição de ninguém, até porque confio demais nos Profissionais de saúde e acredito que fazem o que pode para atender os necessitados, mas isso é um dever do profissional, agora! Se não está satisfeito com o trabalho, acho também justo não permanecer atendendo sem que faça os seus diagnósticos justificáveis, também não quero aqui questionar o atendimento, mas o povo merece respeito! E carece dele, para permanecer confiante sem debilidade alguma para sua existência. Só para esclarecimentos (uma pessoa mora na Rua São José nas mediações da Bueira, local conhecido pelos moradores mais antigos da cidade, e outros dois residem na Rua João Moreira, preservo o número das residências para evitar futuras retaliações). Outra pessoa nos relata que a mais de 01 ano não existe um medicamento Benzetacil, paciente nos relata que precisa constantemente deste tipo de atendimento, pelo fato de ter sofrido problemas reumáticos desde infância e necessita, portanto, desta dose, fato em que foi clinicamente indicado para este procedimento, não procurei a farmácia pública do hospital, mas fica aqui o mesmo espaço para as explicações, caso a Secretaria de Saúde do Município tenha interesse de divulgar as explicações cabíveis. Outras são com fundamentos nos buracos existentes nas vias públicas da cidade, principalmente na entrada do Município, que quando chove, também vira o maior lamaçal acarretando frustações de quem trafega habitualmente por estas vias, e tem muito mais se formos enumerar, vai cansar a leitura e nos levar todo espaço da matéria. Assalto não é nem preciso divulgar mais, aqui é rotina, tanto é claro, que é surpreende quando não existe nenhum comentário sobre este assunto, as pessoas ao sair de manhã já tem uma pergunta de praxe, quem foi a próxima vítima hoje? Isso é uma constância na cidade. Assim queremos deixar registrada nossa solidariedade aos munícipes e dizer que esperamos ação, afinal já se passou praticamente o mandato do “Prefeito” fora esses escândalos, e muitas coisinhas escondidas em baixo do tapete, não vêm resultados que pudesse justificar a sua passagem pela Prefeitura, mas como falta ainda mais um ano, tomara que seja feito alguma coisa. Se analisarmos um fato bastante despercebido, a Taxa de Natalidade no Município, praticamente não existe mais, os filhos de Montanhas estão em fase de extinção, não está havendo nascimento no Município, as mulheres estão sendo encaminhada para as outras cidades e qual será o motivo? Será a falta de aparelhamento da maternidade? Falta de responsabilidade com a Saúde Pública? Ou ainda, a falta de Profissionais da área? Vamos avaliar também essas questões, merece atenção para este fato.
Noutro sentir, encontramos nas redes sociais anúncios relativos ao aniversário da cidade, neste 20/07/2015, Bandas são contratadas! mas a transparência dos contratos não está apresentada nestes mesmos anúncios, e portanto, o povo continua sem saber de nada, apenas o que “eles” querem que interessa saber: BANDA MAGNIFICO e MAIS NÃO SEI QUEM, sabemos disto, porque se vê, como já falei, nas redes sociais, mas oficialmente nada consta publicamente. Outro dia o Governo declarou Montanhas em estado de emergência e ai a dificuldade financeira, portanto, é eminente. Mas o que nos faz refletir é que dinheiro aparece para este tipo de atividade e nos parece que o estado de emergência, neste caso, não existe. Vamos analisar isto numa linguagem bem popular e de fácil leitura, pra que todos entendam e façam suas conclusões da forma que lhe convier. Se os gastos com festas e outras atividades são de suma importância para a apresentação da vontade, do administrador e da sua família, será que essas despesas não seriam mais conveniente ser aplicada para o melhoramento da Saúde, Educação, Alimentação e demais necessidades que o Município requer? Será que essas despesas poderão transparecer suntuosamente aos olhos de quem mais necessita? Não sou contra a festa de Emancipação Política, nem de contratação de Bandas, nem tão pouco de um bolo comemorativo, mas este bolo exagerado, de mensuração exorbitante, que hoje vira bagunça e serve de risos para muitas pessoas, acho que já está ultrapassado. Vamos avaliar tudo isso e fazer nossas conclusões. Você acha que gastos para esta comemoração é realmente necessário?
Nesta comemoração provavelmente haverá de tudo, alertamos para as pessoas que fiquem atentas com relação aos seus pertences, e se quiserem mesmo descontrair, deixem em casa seus objetos de valor e seja simples na ostentação, esta última palavra deixemos para aqueles que acham que tudo está em perfeita sintonia e que Montanha é e vai sempre ser curral de uns poucos que nada fazem para o engrandecimento da nossa tão sonhada “Cidade linda, doce terra onde eu nasci”. e ainda há quem diga “O FUTURO JÁ COMEÇOU”. Dê sua opinião e faça valer a sua cidadania.
PAUSA PARA REFLEXÃO DE LEITURA
pra nossa realidade: BOLO E BANDA

Política do Pão e Circo
Por: Maria dos Anjos
No Império Romano quando o momento era de crise, tudo era escasso, para o povo se acalmar, não reclamar e, não se revoltar contra o poder dominante da época, era utilizado a política do “pão e circo”, ou seja, eram construídas enormes arenas (Coliseu), nas quais se realizavam os sangrentos espetáculos dos gladiadores (escravos treinados para matar ou morrer, e suas vidas ficavam na dependência da platéia, que com um indicador do polegar determinava se deveriam viver ou morrer (vide o filme O Gladiador). Esses espetáculos envolviam homens e animais selvagens. Também eram realizados eventos como corridas de bigas, quadrigas, acrobacias, bandas, palhaços e corridas de cavalos.
Enquanto o espetáculo acontecia, alguns servos eram incumbidos de jogar pão nas arquibancadas. Dessa forma o povo não reclamava dos problemas que os acometia ou alguma crise política que poderia estar em pauta no momento. Ao patrocinarem a diversão e a comida gratuita ao povo, o mesmo se esquecia, momentaneamente, desses problemas e, quando se lembrassem, os fervores do momento já havia passado. Dessa forma, o povo de barriga cheia e diversão garantida ficava mais calmo, pacífico e voltava para casa sem reclamar e protestar das injustiças sofridas, se sujeitando uma vez mais aos desmandos dos Césares da época e relegando as decisões importantes a esses líderes políticos sem participarem ativamente do processo.
A política do pão e circo que foi muito utilizada na Roma antiga continua muito atual hoje em dia, o que demonstra mudarem-se os povos, os lugares, mas não o modo de agir do ser humano. Essa política circense está cada dia mais em voga, isto podemos constatar nessa época que precede as eleições municipais. São ofertados ao povo os mega-comícios com atrações diversas e artistas cobiçados. Deixam o povo extasiado e anestesiado para a questão realmente relevante do momento: o voto consciente e qual o candidato que realmente tem uma proposta séria e voltada para o social que merecerá nosso voto.
Se de repente, surge algo importante e que merece a atenção popular para se conhecer o seu candidato e ao mesmo tempo esse assunto pode por em risco sua candidatura, é promovida imediatamente uma mega-atração para desviar a atenção popular do assunto em foco.
Com tanto pão e circo, não é de se admirar que o povo vote naquele que mais espetáculo propiciar ao povo, naquele que fez mais promessas ou deu mais “pão” (camiseta, bonés, “show-mício”, falsas promessas e outros).
Não se preocupam em conquistar o voto, em incutir no povo o voto consciente e justo. Querem comprar o voto a qualquer custo.
Em um país semi-analfabeto e miserável essa política tão antiga do “pão e circo” ainda é a melhor opção.
Que se regalem com esses shows, pois ficarão, depois, penando quatro anos, na miséria e na dependência dos favores políticos do coronel atual que reinará no trono da prefeitura, sabendo que seu preço foi bem pago em cada show-mício patrocinado pelo político no qual votamos.
Infelizmente Bertolt Brecht tem razão sobre o analfabeto político¹. Nosso povo é um analfabeto geral e, principalmente analfabeto político!
¹ Analfabeto político – O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce à prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo. (Bertolt Brecht)