Monthly Archives: Junho 2014

Zé Hilton e Dedé lançam projeto Forró pra Valer

10414615_1415817182036616_693752196680597992_n

O sanfoneiro Zé Hilton, um dos mais conceituados do Rio Grande do Norte, uniu-se a um amigo de juventude, o cantor Dedé do Forró, para lançar o projeto Forró pra Valer. Os dois têm experiência de sobra no mercado forrozeiro e prometem levar música de qualidade para o mercado.

Zé Hilton, além de acordeonista, é compositor de vários sucessos, como Tentativas em Vão. A maioria das músicas feita em parceria com compositores como Cabeção do Forró e Ranieri Mazille. Agora, ele decidiu subir aos palcos com mais frequência e pretende ganhar o Nordeste junto com o parceiro Dedé do Forró.

Os dois se conhecem desde novos, pois são de Pedro Velho. “Eu lembro que era menor de idade e Dedé já tinha a banda Amor com Café, que ensaiava na frente da minha casa. Eu ficava sempre por ali e, apesar de já tocar sanfona, comecei a me interessar de verdade pela música, até que comecei a tocar com Dedé, na época, teclado. Mas, depois montamos um trio, chamado Jovens do Forró”, lembra Zé Hilton.

Para isso, Zé conta que trabalhava na agricultura com o pai e não tinha condições de comprar uma sanfona, então, teve que pegar a do irmão. “Certo dia, Messias Paraguai estava procurando um sanfoneiro e soube de mim. Ele foi até a minha casa, mas como eu era menor de idade, a condição para ir tocar com ele era se Dedé também fosse”, comenta.

A partir daí, começou a trajetória musical dos dois fora da região onde moravam. Dedé passou um período acompanhando Messias, mas depois passou por várias bandas, chegando a tocar no Rio e também a acompanhar o grande Elino Julião. Mais recentemente, Dedé do Forró integrou a banda Deixe de Brincadeira, na qual ficou durante cinco anos. Em 2013, lançou o projeto Dedé e Forró de Verdade.

Já Zé Hilton, especializou-se no acordeon e passou a ser conhecido com um grande instrumentista, sendo procurado por alguns dos melhores músicos do Nordeste e até mesmo do Brasil, para gravar seus acordes e arranjos. Alguns desses artistas são Raimundo Fagner e Alcymar Monteiro.

Foto: Thyago Macedo / Revista Forró
Apesar disso, também tocou em banda, fazendo parte do grupo de Walkyria Santos durante um ano. Mas foi compondo que ele obteve mais sucesso, tendo suas melodias emplacadas nas principais bandas de forró da atualidade, como Aviões do Forró e Garota Safada e até mesmo por duplas sertanejas, como Bruno e Marrone.

Agora, a amizade entre Zé Hilton e Dedé do Forró faz nascer um novo projeto. O Forró pra Valer foi lançado neste mês de maio, com CD seguindo a linha de composições de Zé. “Queremos valorizar o forró e a música de qualidade. Esperamos que o público goste, pois estamos fazendo um trabalho com muito carinho e respeito”, completa Dedé do Forró.

Deputado, genro de Sílvio Santos, agride blogueiro caicoense

18

Está aí o assunto mais comentado do dia. Olhe, olhe se não for aos  ‘Assuntos do Momento’do twitter. O Blogueiro caicoense, Heitor Gregório, postou em seu blog um desabafo sobre a ‘saia justa’ que passou durante a convenção do PSD neste domingo em Natal. Heitor disse ter sido agredido verbalmente pelo deputado, genro do homem do baú, durante a convenção:

Leia o desabafo e entenda:

Como um espaço livre, soberano e democrático, este blog esteve neste domingo (29) cobrindo as duas convenções realizadas em Natal: primeiro a do Partido Progressista (PP), na sede do partido, e em seguida a do PSD/PT no Centro Cultural da Zona Norte de Natal.

Quando estava na última convenção, postei uma nota observando que a senhora Patrícia Abravanel, apresentadora de televisão e esposa do senhor Fábio Faria, deputado federal, estava tendo sua presença passando despercebida no local, até que, logo em seguida, se posicionou na parte frontal do palanque e algumas pessoas presentes começaram a lhe notar. Observei também, que Patrícia não é tão simpática quanto Sabrina Sato, ex-namorada de Fábio.

Nas duas observações, não fiz nenhuma agressão a Patrícia, assim como nunca fiz, nem farei a nenhum cidadão seja lá de onde for, seja lá quem for. De repente, me surpreendi com o deputado Fábio me agredindo verbalmente de cima do palanque convencional. Depois, fui abordado educadamente por um dos seus seguranças, me dando o recado de que o deputado estava me chamando no palanque. Ignorei. Continuei trabalhando para deixar, você, leitor, bem informado.

Confesso que nunca esperei tal comportamento vindo de um deputado federal em segundo mandato, buscando o terceiro. Em 2006, antes de completar seus 30 anos, imaturo, Fábio Faria foi eleito com 195.148 votos, o que representou 12,02% dos votos válidos para o cargo, assumindo o primeiro lugar entre os oito representantes do Estado.

No primeiro mandato, Fábio passou por muitos percalços. Foi notícia nacional quando em 2009 teve seu nome citado na Farra das Passagens, por ter usado sua cota parlamentar para pagar passagens para os atores Kayky Brito, Sthefany Brito e Samara Felippo, além da então namorada-famosa, Adriane Galisteu e até a mãe dela, Emma Galisteu.

A ressaca do fato e de tantos outros deixou o parlamentar um pouco maduro, afinal, em 2010, sua votação despencou para 156.688 votos. A partir daí ele se preocupou com atuação e imagem. Foi quando procurou integrar comissões na Câmara e até foi eleito Segundo Vice-presidente. Mas aí, fatos como o deste domingo (29) me faz voltar lá pra trás e pensar que Fábio continua imaturo.

Fábio precisa aprender a ser um bom político.

Fábio precisa aprender a ter equilíbrio emocional.

Sou um profissional, jovem, mas mereço respeito como qualquer cidadão brasileiro, como qualquer jornalista.

Minha palavra e meu crédito no Rio Grande do Norte, talvez valham bem mais do que a do deputado, genro do homem do baú.

A saga do nordestino que busca trabalho na cidade grande

O poeta e campositor baiano Lúcio Barbosa tornou-se conhecido, em 1979, quando sua música “Cidadão” foi gravada pelo cantor Zé Geraldo no LP “Terceiro mundo”, da CBS.

Segundo Lúcio Barbosa, a música “Cidadão” foi composta em homenagem ao seu tio Ulisses, cuja letra narra a saga de um homem que trabalha como pedreiro, mas em razão da sua condição humilde, não pode frequentar nenhuma das obras por ele construídas. A inspiração veio do fato do tio também ser pedreiro, ter construído inúmeras obras na cidade grande, mas não possuir casa própria.

A música aborda o preconceito e a discriminação que os nordestinos sofrem nas grandes cidades e faz referência a alguns problemas sociais, tais como moradia, educação e trabalho. E o título “Cidadão” é proposital para demonstrar distanciamento entre os indivíduos privilegiados, em pleno gozo dos direitos civis e políticos, ou no desempenho de seus deveres para com o Estado e demonstra que a sociedade burguesa pode ser muito cruel, quando não considera as pessoas pobres como “cidadãs”.

CIDADÃO
Lúcio Barbosa

Tá vendo aquele edifício moço
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição, era quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
“Tu tá aí admirado ou tá querendo roubar”
Meu domingo tá perdido, vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio que eu ajudei a fazer
Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento, ajudei a rebocar
Minha filha inocente vem pra mim toda contente
“Pai vou me matricular”
Mas me vem um cidadão:
“Criança de pé no chão aqui não pode estudar”
Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer
Tá vendo quela igreja moço, onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá foi que valeu a pena, tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que Cristo me disse:
“Rapaz deixe de tolice, não se deixe amedrontar
Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio, fiz a serra, não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas e na maioria das casas
Eu também não posso entrar”

Ibope mostra desempenho dos candidatos por região

pesquisa22

A primeira pesquisa Ibope sobre o pleito deste ano, divulgada pela 96 FM, mostrou o desempenho dos candidatos por região no Rio Grande do Norte. O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB), que lidera no total a pesquisa com 36% das intenções de votos, tem  melhor desempenho na região Central. No local, ele possui 47% dos votos. No Oeste, o candidato peemedebista aparece com 39% e no Leste com 33%. A região com a menor densidade eleitoral é o Agreste com 31%.

Já o vice-governador Robinson Faria, que disputa o pleito pelo PSD e tem 21% dos votos, apresenta o melhor desempenho na região Agreste, com 35% das intenções de votos. O menor desempenho de Faria é  no Oeste com 17%. No Leste potiguar Robinson está com 20% dos votos e na região Central 18%.

A sindicalista Simone Dutra aparece com 2% das intenções de votos. Na divisão por região, ela tem 4% dos votos do Oeste e na Central, Leste e Oeste a candidata possui 2% em cada uma.

O professor Robério Paulino está com 1% das intenções de votos na primeira pesquisa Ibope. Na análise por região, ele não foi citado no Agreste e no Oeste, mas aparece com 2% no Leste e na Central.

Araken Farias não pontuou na pesquisa 96 FM/Ibope.

Na análise regional, o estudo mostrou que está no Leste potiguar o maior número de eleitores que afirmam votar “branco ou nulo”.  Já o maior número de indecisos se concentra na região Oeste, com 17% das pessoas dizendo que não sabem em quem votarão para governador.

Senado
As declarações de voto para o Senado Federal também foram estratificadas pela pesquisa 96FM/Ibope. A vice-prefeita de Natal Wilma de Faria (PSB), que lidera a intenção de voto para o Senado com 39%, tem o melhor desempenho na região Agreste, onde aparece com 51%. O menor índice da candidata é na região Central com 34%.

A deputada federal Fátima Bezerra (PT), que está com 29% na pesquisa 96 FM/Ibope, concentra as maiores citações na região Central, onde está com 35%. Já o menor desempenho da petista é no Leste com 25%, onde está localizada a maioria dos eleitores do Rio Grande do Norte.

Roberto Ronconi (PSDC) está com 3% na pesquisa. A região Leste é onde ele tem o maior percentual com 4%. Já no Agreste, o candidato está com 1% das intenções de votos. Ana Célia (PSTU) está com 2% das intenções de votos no total. Na região Central ela aparece com 4% das intenções de votos e no Agreste e Oeste com 1%, sendo as regiões onde aparece com menor desempenho.

A pesquisa do Ibope entrevistou 812 pessoas, dos dias 22 a 25 de junho nas  quatro mesorregiões do Rio Grande do Norte. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança utilizado de 95%.

Arte TNINFOINFO

Governadora Rosalba deverá pagar só a metade dessa 1ª parcela do 13º salário aos servidores

‘Novidade’ não vai agradar os servidores do Estado, já que muitos contavam com o valor integral

65u56u536

Enquanto os servidores do Estado questionam a falta da primeira parcela do 13º salário em seus contracheques, o Governo do RN deverá se pronunciar em instantes sobre uma notícia nada agradável: Informações extra-oficiais dão conta de que a governadora Rosalba Ciarlini só deverá pagar metade dessa 1ª parcela em julho e o restante só nos vencimentos de agosto. A segunda parcela do 13º será pago integralmente em dezembro deste ano. (JH)

Google anuncia encerramento do Orkut

Índice

perfil-do-orkut

O Google divulgou uma nota oficial nesta segunda-feira (30) informando que o Orkut vai acabar no dia 30 de setembro e adiantou também que os usuários não serão prejudicados porque os dados pessoais poderão ser exportados até 2016.

De acordo com a corporação, a rede social vai acabar devido ao sucesso de outras plataformas, como o Youtube, Google + e Blogger.

O Orkut nasceu em 24 de Janeiro de 2004 e traz o nome do desenvolvedor, o turco Orkut Büyükkokten.

O Google divulgou ainda que os usuários poderão exportar os dados e gradativamente incorporar as informações pessoais ao Google +.

Veja abaixo a nora oficial do Google na íntegra, assinada por Paulo Golgher, diretor de Engenharia da empresa.

“Dez anos atrás, o Google mergulhou pela primeira vez nas redes sociais por meio do Orkut, que nasceu como projeto experimental de um engenheiro que deu nome à rede. As comunidades do Orkut deram forma a conversas e conexões que até então não existiam, antes mesmo que as pessoas soubessem o que eram “redes sociais”.

Ao longo da última década, YouTube, Blogger e Google+ decolaram, com comunidades surgindo em todos os cantos do mundo. O crescimento dessas comunidades ultrapassou o do Orkut. Por isso, decidimos dizer adeus ao Orkut e concentrar nossas energias e recursos para tornar essas outras plataformas sociais ainda mais incríveis para todos os usuários.

O Orkut será descontinuado no dia 30 de setembro de 2014. Até lá, não haverá impacto para os atuais usuários, para que a comunidade tenha tempo de lidar com a transição. Usuários podem exportar as informações do seu perfil, mensagens de comunidades e fotos usando o Google Takeout (disponível até setembro de 2016). A partir de hoje, novos usuários não podem criar novas contas no Orkut.

O Orkut pode estar indo embora, mas todas as incríveis comunidades criadas pelos usuários vão ficar. Um arquivo com todas as comunidades públicas ficará disponível online a partir de 30 de setembro de 2014. Se você não quiser que seu nome ou posts sejam incluídos no arquivo de comunidades, você pode remover o Orkut permanentemente da sua conta Google.

Foram 10 anos inesquecíveis. Pedimos desculpas para aqueles que ainda utilizam o Orkut regularmente. Esperamos que vocês encontrem outras comunidades online para alimentar novas conversas e construir ainda mais conexões, na próxima década e muito além.”

Papa Francisco cancela visita por indisposição

4

Não é a primeira vez que o Papa argentino cancela uma visita no último minuto

O papa Francisco sofreu uma indisposição e precisou cancelar no último minuto uma visita prevista para esta sexta-feira (27/6) a um hospital de Roma, anunciou o Vaticano. “Após uma indisposição imprevista, o Santo Padre não poderá ir nesta tarde ao Gemelli”, um hospital em Roma onde iria realizar uma missa, indicou o Vaticano em um comunicado.

O cancelamento da visita foi anunciado minutos antes aos fiéis presentes no hospital por Claudio Giuliodori, assistente eclesiástico na Universidade Católica. Segundo a imprensa italiana, o papa está muito cansado. A chegada do Papa para uma visita de três horas foi anunciada às 13h30 GMT (10h30 de Brasília) e depois adiada em meia hora, antes de ser definitivamente cancelada.

 

Noticias do RN

UFRN inicia cadastramento da 2ª chamada do SiSU na segunda-feira

O cadastramento dos aprovados na segunda chamada do Sistema de Seleção Unificada (SiSU) do Ministério da Educação (MEC) para a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) será realizado nos dias 30 de junho, 1º e 2 de julho em Natal, Santa Cruz e Caicó.

Os aprovados para os campi da capital e de Macaíba devem realizar a matrícula na Escola de Ciências e Tecnologia (ECT); para os que estudarão Medicina Multicampi, o cadastramento deve ser feito no Hospital de Oncologia do Seridó, localizado no centro de Caicó; e aos estudantes que cursarão suas graduações em Santa Cruz, o procedimento deve ser feito na Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA).

Diário Oficial publica nomeações de aprovados em concurso da Polícia Civil

O Diário Oficial do Rio Grande do Norte deste sábado (28) traz a nomeação para provimento dos cargos efetivos de delegado, escrivão e agente da Polícia Civil de aprovados no concurso realizado em 2008 pela Secretaria Estadual da Segurança Pública e da Defesa Social.

São ao todo 30 profissionais convocados, sendo dez para o cargo de Delegado, cinco para Escrivão e 15 para Agente.

Piadas do Dia kkkkkkkkkkkkkkk

155

Piada de velorio________________________________________________________________________________

– NO XAFURDO’S BAR –

Um cara chegou no bar e gritou:
– Me vê uma pinga aí!
O balconista encheu o copo e advertiu:
– Aqui, todo mundo que toma pinga joga um pouco no chão e oferece pro Santo!
O freguês deu uma banana com o braço.
– Pro Santo eu dou uma banana!
No mesmo instante, o braço do cara endureceu de tal forma que não se mexia.
– O que aconteceu? – gritou o homem, desesperado.

Diz o balconista:
– O senhor ofendeu o Santo e ele o castigou. Mas como é a primeira vez que o senhor vem ao bar, vou resolver isso.
O balconista chamou todos os fregueses e pediu que rezassem. O braço do sujeito foi voltando ao normal.
Um velhinho viu tudo e ficou impressionado. Foi ao balconista e pediu uma pinga. Tomou tudo de uma vez.
O balconista perguntou:
– E pro Santo?
O velhinho abaixou as calças e tirou o “quase defunto” pra fora e gritou:

– Aqui pro Santo, ó!
O danado endureceu na hora.
O velhinho sacou uma pistola PT 40 e gritou:
– Se alguém rezar aqui eu mato…

Com Bira Viegas

As angústias de Drummond sobre o que significa viver

O bacharel em Farmácia, funcionário público, escritor e poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), um dos mestres da poesia brasileira, fala das angústias de quem esperava mais do viver.

VIVER

Carlos Drummond de Andrade

Mas era apenas isso,
era isso mais nada?
Era só a batida
numa porta fechada?

E ninguém respondendo,
nenhum gesto de abrir:
era, sem fechadura,
uma chave perdida?

Isso, ou menos que isso,
uma noção de porta,
o projeto de abri-la
sem haver outro lado?

O projeto de escuta
à procura de som?
O responder que oferta
o dom de uma recusa?

Como viver o mundo
em termos de esperança?
E que palavra é essa
que a vida não alcança?

 site Poemas & Canções

Agripino promete subir até em coqueiro para pedir – acredite – voto para Wilma de Faria

Democrata assistiu, durante mais de três anos, Wilma de Faria ser a prinicpal opositora da única administração estadual do partido

65u756373

Na eleição passada eles foram adversários… Alias, até alguns dias, Wilma de Faria e José Agripino Maia eram adversários. Pois bem. Se alguém duvidava que os dois ex-governadores do RN estão juntos, Agripino fez questão de esclarecer qualquer questionamento: está sim junto de Wilma. E vai até pedir voto para ela, candidata ao Senado apoiado pelo partido dele, o DEM.

“Se tiver voto em cima de um coqueiro, vou pedir para Henrique, Wilma e João”, discursou Agripino durante a convenção coletiva que confirmou as candidaturas de Wilma e de Henrique Eduardo Alves, do PMDB, ao Governo do Estado. Senador e presidente nacional do DEM, José Agripino assistiu, durante mais de três anos, Wilma de Faria ser a prinicpal opositora da única administração estadual do partido, a de Rosalba Ciarlini.

A situação mudou quando Agripino se aproximou do PMDB de Henrique Alves, com o objetivo de se unir a uma coligação forte que viabilizasse a reeleição do filho dele, o deputado federal Felipe Maia, e os três deputados estaduais, Getúlio Rêgo, José Adécio e Leonardo Nogueira.

Por sinal, para comprovar que a situação mudou e que agora gosta mais de Henrique do que da governadora de seu partido, Rosalba (a quem ele negou, na semana passada, apoio a reeleição), Agripino aconselhou o candidato do PMDB: “Ouça as pessoas, seja líder ou seja povo. Ouça as pessoas para fazer a vontade do povo do Rio Grande do Norte. Ouça e honre os compromisos que você puder cumprir. Os compromissos que você puder, só basta cumprir, para que você seja hoje e sempre, merecedor da confiança do povo que você vai governar”.

O senador José Agripino Maia também elogiou a capacidade de Henrique em unir. “Hoje está sendo visto a festa do Rio Grande do Norte. As pessoas sabem que você poderia se reeleger deputado federal e presidente da Câmara Federal, isto com facilidade. Aqui ninguém abre mão de suas convicções, mas todas querem um futuro melhor para o RN. Eu farei tudo para que as pessoas votem em você. Quando você era adversário meu e da governadora, você ia comigo a todos os locais de Brasília para conseguir recursos para o RN”, testemunhou.

PROS

O PROS também realizou nesta sexta-feira a convenção no ginásio Nélio Dias e homologou o nome dos 12 candidaturas ao Legislativo que o partido lançará nas eleições deste ano e oficializou o apoio a Henrique Eduardo Alves para o governo do Estado. “Tenho certeza que o lado da competência e da vitória está aqui. Tenho certeza que todos nos unidos fortaleceremos o nosso Estado”, afirmou Rafael Motta, ressaltando que a união dos 18 partidos ao redor do nome de “Henrique Alves fará o Rio Grande do Norte sair da crise e reencontrar o desenvolvimento”. “Quero colocar o meu nome para o julgamento popular, para ser um soldado do povo na Câmara Federal assim como sou na Câmara Municipal de Natal, onde fui considerado o vereador mais atuante em 2013″, relembrou Rafael Motta, também durante o discurso.

PSDB

Rogério Marinho foi oficializado candidato a deputado federal na convenção estadual do PSDB, realizado também na sexta-feira. Em pronunciamento aos filiados presentes no evento, Rogério afirmou que o país está cansado de ser “ludibriado” e fez um chamamento ao PSDB para que se aproxime do povo. “Peço empenho de todos nós para que, juntos, possamos mudar a realidade do nosso país. Precisamos salvar o Brasil daqueles que estão degradando a sociedade e envergonhando o nosso povo”, disse.

Durante a campanha para as eleições de outubro, Rogério Marinho afirmou que irá discutir soluções e propostas para o Rio Grande do Norte, levantando a bandeira de desenvolvimento do PSDB. “Nunca se viu tanta corrupção como nos últimos anos. Estamos aqui porque pensamos diferente. Temos a obrigação de percorrer a sociedade e eleger Aécio Neves presidente da República. Esse será meu projeto mais importante: caminhar ao lado de Aécio por um país de desenvolvimento”, afirmou.

PDT

A convenção do PDT, sob o comando do prefeito de Natal, Carlos Eduardo, levou muita gente para o Ginásio Esportivo do Centro Educacional Dom Bosco, no Conjunto Gramoré. E a maioria expressiva das pessoas presentes foram atender ao convite feito pelo vereador licenciado e atual secretário da Semsur, Raniere Barbosa, que na oportunidade assinou sua ficha de filiação ao Partido Democrático Trabalhista.

A mobilização surpreendeu aos demais partidos presentes, que foram unanimes em elogiar a capacidade de aglutinar a tantas pessoas. O candidato ao governo do PMDB, Henrique Alves, foi quem mais ficou impressionado. “Raniere estou com inveja de você. Você é muito querido e isso é reflexo da sua competência. Haja o que houver eu quero você conosco. Trabalhando e ajudando a nossa campanha”. Raniere Barbosa será responsável por coordenar as campanhas de Sávio Hacrakdt, a Deputado Federal, e a de Agnelo Alves, a Deputado Estadual. Após a convenção, os pededistas foram direto para o Ginásio Nélio Dias, para apoiar a homologação da candidatura de Henrique Alves para governo do estado.

No discurso da convenção, Henrique diz que a missão “é olhar para frente”

 por annaruth

Durante o emocionado discurso que fez na convenção estadual do PMDB, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, candidato ao Governo, disse que não iria olhar para trás e destacou que a missão é “olhar para frente”.

Ele destacou que fará uma campanha propositiva. “Os que falam mal é porque não têm o que mostrar”, destacou.

As imagens da convenção são de Yuri Samuel :

DSC_0005

DSC_0003

unnameed

unnamed

Após ex-affair de Neymar, Playboy quer tirar a roupa da namorada de Zezé

Segundo jornal, o corpão de Graciele Lacerda chamou a atenção e ela está na mira da Playboy

65u356i35i

As curvas de Graciele Lacerda chamaram a atenção não só de Zezé Di Camargo e dos seguidores da moça no Instagram, mas também da revista Playboy.

De acordo com a coluna Retratos da Vida, do jornal Extra, a namorada de Zezé foi convidada para posar nua na publicação masculina.

A ex-dançarina e jornalista desbancou uma lista de beldades e é a forte candidata para estar na edição de aniversário da revista, em agosto.

Graciele segue conversando, de acordo com a coluna, em busca de um acordo financeiro.

trjwuw5u

Fonte: R7

Apenas na segunda-feira governadora Rosalba anunciará o desfecho do pagamento do décimo terceiro salário

images

Apenas na segunda-feira o servidor público do Rio Grande do Norte conhecerá o desfecho sobre o pagamento ou não da primeira parcela do décimo terceiro salário. Está sendo esperada para a segunda uma entrevista coletiva de Rosalba Ciarlini.

Essa é a segunda vez que o governo adia esclarecimento sobre a antecipação desse benefício. A Assessoria do Governo havia informado que traria um posicionamento na última sexta-feira, o que não ocorreu.

Tradicionalmente, o Estado faz o pagamento de 40% do benefício em junho, assim como outros órgãos públicos, como as prefeituras de Natal, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante.

Foto de jovem simulando sexo com imagem de santo vira caso de polícia

Foto postada em rede social mostra jovem em
‘brincadeira’ (Foto: Ronaldo Oliveira/ EPTV)

Uma foto postada em uma rede social causou revolta entre os moradores de Morro Agudo (SP). Na imagem, o estudante Robson Pereira, de 19 anos, aparece simulando um ato sexual com uma estátua de São José, padroeiro da cidade. Câmeras de segurança da paróquia que leva o nome do santo flagraram o comportamento do jovem, que se diz arrependido. “Eu não quis desrespeitar ninguém, achei que fosse uma obra comum, não algo religioso”, diz. A brincadeira acabou virando caso de polícia.

O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (23). O vídeo feito pelas câmeras de segurança mostra Pereira reunido com um grupo de amigos na praça onde fica a estátua do santo. Na sequência, o jovem aparece escalando o pedestal que sustenta a imagem, e se coloca atrás dela. Ele faz um gesto, enquanto os colegas o fotografam.

Uma das fotos foi parar em uma rede social, postada até mesmo pelo próprio estudante. A imagem ganhou repercussão e despertou a indignação dos fiéis de Morro Agudo. “Foi um ato de vandalismo e de verdadeira falta de respeito a nossa religião. Feriu a nossa fé. Temos adoração a São José por ele ser padroeiro da cidade. Não sei porque ele [Pereira] fez isso. Foi de muito mau gosto”, critica a farmacêutica Michelle de Carvalho.

Apesar do gesto e da confusão, o estudante alega que a publicação não tem conotação sexual e que foi apenas uma brincadeira, sem a intenção de falar mal da igreja católica. Pereira diz que não sabia que a estátua era de um santo, muito menos do padroeiro da cidade. “No momento eu não pensei em nada. Na minha cabeça, a estátua era algo comum, não era nada religioso, achei que fosse só decorativo. Não sabia do santo. Achei que São José fosse só uma corrida que tem às vezes por aqui. Não quis ofender e nem desrespeitar ninguém.”

Após perceber a polêmica que havia causado, o jovem publicou um pedido de desculpas em sua página na rede social. “Eu peço perdão a todo mundo aqui, não quero que as pessoas fiquem chateadas comigo.”

Desrespeito
O padre Sílvio César Aguilar registrou uma queixa na polícia. Apesar de entender que o ato foi de desrespeito, O religioso acredita que o jovem não tinha noção do que estava fazendo. “Espero que isso sirva de lição para ele, para mostrar que tem que respeitar as pessoas, o patrimônio público e a religião”, afirma.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, João Baptistussi Neto, a atitude do rapaz pode caracterizar crime contra a religião, previsto no artigo 208 do Código Penal. A pena varia de um mês a um ano de reclusão ou pagamento de multa.

Câmara aprova emenda de Rafael Motta sobre orçamento impositivo

Ver. Rafael Motta - Foto ELPÍDIO JÚNIOR (1).jpg3

Proposta obriga a Prefeitura a executar emendas aprovadas pelos vereadores na Lei Orçamentária Anual

A Câmara Municipal de Natal aprovou na tarde de hoje (26) a emenda número 23, proposta pelo vereador Rafael Motta, do PROS, que estabelece o orçamento impositivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Dessa forma, todas as emendas aprovadas pelos vereadores a Lei Orçamentária Anual (LOA) terão que ser obrigatoriamente implantadas pela Prefeitura de Natal em 2015.

Mais do que garantir obras e serviços que deverão ser amplamente discutidos no segundo semestre deste ano, a matéria também garante mais autonomia para o trabalho do parlamentar. Isso porque impede que a Prefeitura use a liberação de recursos para execução de emendas como forma de pressionar o trabalho dos vereadores.

“O orçamento impositivo é algo muito importante para o Legislativo, porque impede que as emendas sejam usadas como moedas de troca. Não digo que isso aconteça na Prefeitura de Natal, mas garantirá a independência do vereador. O orçamento impositivo é um direito de todo parlamentar de não ficar subordinado ao Executivo”, explicou Rafael Motta.

É importante ressaltar que, atualmente, uma matéria semelhante tramita na Câmara Municipal de Natal, proposta pelo vereador de Natal, Felipe Alves (PMDB). “Nossa intenção com essa emenda foi garantir que o orçamento impositivo seja aplicado já no orçamento de 2015, porque o projeto de Felipe ainda não sabemos quando será votado”, justificou Motta.

Enquanto essa emenda proposta pelo vereador do PROS passou de maneira, até, fácil pelo plenário da Câmara, sendo aprovado com quase a unanimidade dos votos (só Amanda Gurgel, do PSTU, não foi favorável, se abstendo de votar), outras duas propostas de Rafael Motta acabaram sendo barradas pela bancada do Executivo.

Uma delas dizia respeito à ampliação da previsão de criação de restaurantes populares, de um para quatro unidades. A outra fazia referência ao aumento do percentual destinado no orçamento publicitário do município para campanhas educativas. O Executivo propõe 20%, e Rafael Motta sugeriu 35%.

“São propostas importantes que acabaram não sendo aprovadas. Uma delas estabeleceria a criação de, pelo menos, um restaurante popular em cada zona de Natal. A outra aumentaria o percentual destinado às importantes campanhas educativas, como de educação no trânsito. Infelizmente, em votações apertadas, essas emendas acabaram não passando”, analisou Rafael Motta.

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) vai nortear a construção da Lei Orçamentária Anual (LOA), discutida no segundo semestre deste ano. A votação da LDO deve ser concluída somente na próxima semana, com a finalização do debate sobre as mais de 60 emendas propostas para a matéria.

Candidatura de Henrique Alves terá 18 partidos coligados

PTNNa foto, Henrique e Canindé Alves, presidente do PTN

A coligação encabeçada pelo deputado federal Henrique Alves, que será lançado candidato ao governo do estado em convenção nesta sexta-feira (27), reunirá 18 partidos. O último a ser integrado à aliança foi o PTN. Na tarde desta quinta-feira (26), o presidente do partido, Francisco Canindé Alves, confirmou o apoio durante encontro com Henrique.

Formarão a coligação os seguintes partidos: PMDB, PSB, PR, PROS, PSDB, DEM, Solidariedade, PDT, PRB, PPS, PHS, PTB, PV, PSC, PSDC, PMN, PRP e PTN.

A convenção do PMDB será realizada nesta sexta-feira, dia 27, no ginásio Nélio Dias, na Zona Norte de Natal. O partido conta com a participação de 5 mil convidados, entre eles os mais de 2 mil filiados. Às 16h, Henrique Alves pronunciará seu discurso.

“A convenção marca o início de uma nova missão. Vamos dar continuidade à luta que sempre travamos pelo bem do Rio Grande do Norte, mas agora na condição de candidato a governador. A união de forças será respaldada pelos nossos filiados, sempre respeitando o processo democrático”, afirma Henrique Alves.

A coligação terá o deputado federal João Maia (PR) como candidato a vice-governador e a vice-prefeita de Natal Wilma de Faria (PSB) como candidata ao Senado.

Convenções oficializam candidatos para disputas eleitorais no RN

Final de semana será marcado por lançamento de candidaturas já definidas e pré-lançadas há vários meses

7t6i6746

Ciro Marques

Repórter de Política

As pesquisas de intenção de voto (veja o resultado de mais uma na página 5) podem até apontar a indefinição do eleitorado potiguar a respeito de quem votará no pleito do dia 5 de outubro. Contudo, é bem verdade que de “desconhecimento” os eleitores não podem reclamar faltando ainda três meses para o dia de votação. Afinal de contas, neste final de semana serão confirmadas as candidaturas que estão sendo postas há alguns meses pelo noticiário potiguar. Surpresa mesmo é que nenhum desistiu até agora.

Isso porque, confirmando suas candidaturas bem antes do início da campanha (que começa só no dia 6 de julho), todos os candidatos confirmados nas 11 convenções que deverão ocorrer nos próximos quatro dias, foram pressionados, em algum momento, sobre a viabilidade de suas disputas.

O, ainda, pré-candidato do PMDB ao Governo do Estado, Henrique Eduardo Alves, foi talvez o maior deles. Afinal, mesmo quando todas as lideranças peemedebistas diziam que ele deveria ser o candidato a governador, o próprio Henrique, calejado por duas derrotas para prefeito de Natal, defendia o nome do empresário Fernando Bezerra (afastado da política há anos) para a disputa.

Na verdade, Henrique só confirmou a candidatura quando a ex-governadora Wilma de Faria, do PSB, confirmou que o apoiaria na disputa, abrindo mão de ser, novamente, governadora, para ficar com ele na chapa, sendo candidata ao Senado. A decisão de Wilma, inclusive, surpreendeu porque ela tinha o nome, segundo as pesquisas, mais forte para o Governo do Estado. Henrique era um dos piores.

É importante lembrar que, mesmo após ter sido confirmada na chapa de Henrique, especulações apontaram que Wilma poderia voltar atrás na disputa, porque a direção nacional do PSB a queria como candidata ao Governo e tinha resistência (e ainda tem) a aliança dela com o PMDB.

ytji65i3

ROBINSON E FÁTIMA

A segunda chapa com mais votos segundo as pesquisas, composta por Robinson Faria (PSD) candidato ao Governo do Estado e Fátima Bezerra (PT) ao Senado, une duas lideranças que têm suas candidaturas postas, baseadas em declarações deles, desde o final de 2013. Se considerar as especulações de que seriam candidatas, da data é ainda mais antiga.

De qualquer forma, os dois também foram pressionados durante essa trajetória. Fátima primeiro, devido à aliança nacional petista com o PMDB. Henrique Alves, no posto de presidente da Câmara Federal e um dos homens mais influentes do País, principalmente na gestão da presidente Dilma Rousseff, teria tentado vetar a candidatura de Fátima e levar o PT para o bloco dele. Não conseguiu.

Os petistas mantiveram Fátima na disputa, até porque se recusaram a apoiar Wilma de Faria ao Senado (ela é do partido de Eduardo Campos, candidato a presidência da República). Além disso, a intenção de eleger Fátima senadora também faz parte do plano da sigla para elevar o número de parlamentares no Congresso e ter a maior bancada.

A pressão em torno de Robinson Faria foi sobre viabilidade política, consequência dos inúmeros apoios que Henrique (e, antes dele, o PMDB, mesmo sem lançar candidato) teria. Sozinho e tentando ainda uma aliança com o PT, que poderia não ser confirmada por essa pressão peemedebista em Brasília, Robinson pensou em desistir e concorrer, novamente, a Assembleia Legislativa, onde poderia chegar mais uma vez a presidência. Pelo menos, foi o que se especulou. Ao ganhar força e o apoio do PC do B, a hipótese foi descartada.

PSTU, PSOL E PSL

Nem só por Henrique e Robinson será disputado o Governo do Estado neste ano. PSTU, PSOL e PSL também lançarão candidaturas próprias ao Executivo do RN. A primeira delas, já oficializada, é a de Robério Paulino, do PSOL. Na noite de hoje, será a vez da sindicalista Simone Dutra, do PSTU. O advogado Araken Farias, única opção ao PMDB e ao PSD que não é de “esquerda”, terá sua candidatura oficializada ao Governo no próximo sábado, na convenção do PSL.

A pressão em torno de PSOL e PSTU foi menos divulgada, mas também existiu. Os dois costuraram uma aliança (que foi vitoriosa em 2012, em Natal, quando elegeram três vereadores) e tentarão repeti-la neste ano, mas sem sucesso. Nenhum deles abriu mão de seus candidatos para apoiar o outro. Até porque, nacionalmente, as siglas também não chegaram a um acerto e terão, cada um, candidato próprio.

No caso de Araken Farias, ele até conseguiu reunir cerca de nove partidos em torno do PSL, para que marchassem juntos na eleição. Contudo, a debandada do grupo para a base de apoio de Henrique Alves acabou por fragilizar e lançar dúvidas sobre a candidatura de Araken. O advogado, no entanto, decidiu continuar e vai para o pleito, buscando ainda nomes para lançar para o Senado e para o cargo de vice-governador.

CALENDÁRIO DE CONVENÇÃO

QUINTA

PSTU

Local: Auditório da Assembleia Legislativa do RN

Horário: 18h30

Candidaturas que devem ser oficializadas: A enfermeira e coordenadora licenciada do Sindsaúde, Simone Dutra, e a professora Socorro Alves Ribeiro, de São Gonçalo do Amarante, serão oficializadas como candidatas a governador e vice. Para o Senado, o nome indicado é o da professora Ana Célia, de Ceará-Mirim. O PSTU deve apresentar 15 candidaturas para a Assembleia e à Câmara Federal, de Dário Barbosa.

SEXTA

PMDB

Local: Ginásio Nélio Dias

Horário: 10h

Candidaturas que devem ser oficializadas: O nome de Henrique Eduardo Alves ao Governo do Estado. Também vai lançar as candidaturas de Walter Alves e Fafá Rosado a deputado federal. Nélter Queiroz, Ezequiel Ferreira, Gustavo Fernandes e Hermano Morais serão candidatos a reeleição na Assembleia Legislativa do RN.

PSB

Local: Ginásio Nélio Dias

Horário: 13h

Candidaturas que devem ser oficializadas: Aliança com Henrique para o Governo e o lançamento de Wilma para o Senado. Na proporcional para estadual, devem ser oficializadas as candidaturas de Tomba Farias, Márcia Maia e Larissa Rosado. Para federal, Sandra Rosado.

PROS

Local: Ginásio Nélio Dias

Horário: 10h

Candidaturas que devem ser oficializadas: Apoio a candidatura de Henrique, João Maia e Wilma. Também lançará as candidaturas de Rafael Motta a deputado federal e as de Ricardo Motta, Raimundo Fernandes, Gustavo Carvalho, Gilson Moura, Vivaldo Costa e Albert Dickson a deputado estadual.

PDT

Local: Centro Educacional Dom Bosco

Horário: 10h

Candidaturas oficializadas: Apoio a chapa de Henrique e as candidaturas a federal de Sávio Hackradt e a reeleição do deputado estadual Agnelo Alves.

PR

Local: na sede da Direção Estadual do Partido

Horário: 8h

Candidaturas que devem ser oficializadas: O PR oficializará a candidatura a vice-governador de João Maia, na chapa de Henrique. Lançará também as candidaturas de Zenaide Maia a deputada federal; e de George Soares e Adão Eridan a deputado estadual.

PSDB

Local: Sede do PSDB, em Natal

Horário: 10h

Candidaturas que devem ser oficializadas: Apoio a chapa de Henrique Alves. Também vai lançar a candidatura de Rogério Marinho a deputado federal.

Sábado

PSL

Local: Espaço Cuxá

Horário: 8h

Candidaturas que devem ser oficializadas: Vai lançar a candidatura do advogado Araken Farias a governador do Estado e também a chapa que o acompanhará (senador e vice), além de nomes para deputado federal e estadual.

Domingo

PT

Local: Centro Cultura de Natal

Horário: 9h

Candidaturas que devem ser oficializadas: O PT vai homologar a candidatura de Fátima Bezerra para senadora e o apoio a Robinson e Fábio Dantas. Também lançará Fernando Mineiro para deputado estadual e Hugo Manso para federal.

PSD

Local: Centro Cultura de Natal

Horário: 9h

Candidaturas que devem ser oficializadas: Vai lançar a candidatura de Robinson Faria para o Governo do Estado e as alianças com PT e PC do B. Lançará a candidatura de Fábio Faria a deputado federal e a de José Dias a deputado estadual.

PP

Local: Sede do PP, em Natal

Horário: 9h

Candidaturas oficializadas: Lançará a candidatura de Betinho Rosado à reeleição na Câmara Federal e deverá apoiar Robinson e Fátima Bezerra.

Vereadores querem vetar shows da banda Grafith em Mossoró

Diante disso, o líder da banda, Júnior Grafith, repudia tal atitude dos legisladores municipais e garante que suas músicas não fazem apologia às drogas, à prostituição e malandragem

6u56u53

A polêmica em torno do show da Banda Grafith, no último sábado (21), no Mossoró Cidade Junina, chegou à Câmara Municipal de Mossoró. A noite, que teve recorde de público – estimativa de 100 mil pessoas – também registrou muitas brigas e um homicídio.

Um dos vereadores que levantou, no plenário da Câmara, a questão da segurança pública foi Genivan Vale (PROS). “Há muitos anos essas confusões são associadas à Banda Grafith.

Se se tratasse de uma festa privada, não entraríamos no mérito, mas é o dinheiro público que está em jogo”, afirmou Genivan, argumentando que uma pessoa foi assassinada e outra esfaqueada, além disso, os corredores do Hospital Tarcísio Maia ficaram lotados. “Não é de se reivindicar mudanças?”, questionou Genivan. Vereador da Câmara Municipal de Natal, Júnior Grafith, o líder da banda, se diz surpreso com a atitude: “Infeliz de parte dos vereadores da Câmara Municipal de Mossoró, ao propor a absurda ideia de nos proibir de tocar durante tão importante evento”, salienta.

De acordo com Júnior Grafith, o tumulto foi percebido na última música, o que gerou grande desconforto: “Eu só tenho a lamentar que queiram nos culpar por esses incidentes. Não somos os responsáveis pela segurança pública durante o evento.

Isso compete, como o próprio nome diz, ao poder público e não à iniciativa privada, a uma banda que tem 25 anos de história no cenário da música do Rio Grande do Norte.

Os vereadores que encabeçaram esse tipo de campanha deveriam estar preocupados com a segurança da população e não com nossas músicas. Deveriam se preocupar, eu reforço, com a segurança pública falida do País”, critica Júnior Grafith.

Veja na íntegra a nota de repúdio lida pelo vereador Júnior Grafth na sessão de hoje na Câmara Municipal de Natal: 

Boa tarde, colegas vereadores e vereadoras. Boa tarde para as pessoas que estão nos assistindo.

Gostaria de aproveitar este momento para defender o artista potiguar que tanto luta para conseguir seu espaço no cenário musical local e ao mesmo tempo mostrar minha indignação contra a Câmara Municipal de Mossoró por se colocar contra esses mesmos profissionais com uma proposta para acabar com a apresentação desses artistas na cidade.

Repercutiu nos meios de comunicação da região oeste que bandas potiguares seriam responsáveis pelo crescimento da criminalidade na cidade de Mossoró.

Deste modo isentando a gestão da cidade de suas responsabilidades de manter a segurança na cidade. Uma dessas bandas citadas seria a banda Grafith da qual faço parte e por isso mesmo me sinto na obrigação de fazer uma defesa pública não somente da banda, mas de todo artista potiguar que participou do evento Mossoró Cidade Junina. Mas a imagem da banda Grafith foi inclusive a mais prejudicada pela posição de alguns vereadores da Câmara Municipal de Mossoró que cogitou inclusive barrar a banda na cidade.

O motivo seria que a banda seria responsável por incitar a violência durante seus shows e por isso seria responsável pelas ocorrências criminais na cidade. Segundo dados oficiais, em Mossoró, até a data do show da banda Grafith, já teriam ocorridos quase noventa homicídios.

A pergunta que fica: seria a banda Grafith a responsável por esses homicídios mesmo sem ter se apresentado na cidade? Logo percebemos que a questão é mais profunda. Isso é questão de segurança pública e passar a responsabilidade para outros atores.

Vale ressaltar que a banda Grafith, uma das mais conhecidas e que leva milhares pessoas todos os anos em Macau, nunca passou por tal situação, pois todas as vezes que se apresentou na cidade o índice de criminalidade não aumentou com a presença da banda. A banda Grafith desde sua fundação sempre trabalhou para que seu trabalho fosse reconhecido de forma honesta.

A banda jamais fez qualquer apologia à violência ou ao uso de drogas. Quem conhece os integrantes da banda sabe que existe inclusive uma política de restrição ao uso de bebidas e drogas em ambiente de trabalho justamente para não manchar a imagem dos artistas.

Eu sou um dos defensores da cultura. Faço parte da comissão de educação, cultura e desporto e busco todos os dias valorizar os artistas da nossa terra.

Sei como é difícil para nossos artistas conseguirem um espaço muitas vezes escasso. E para finalizar relembro o posicionamento da Câmara Municipal de Mossoró de discriminar os artistas potiguares proibindo-os de se apresentarem na cidade.

Devo lembrar que essa proibição é inconstitucional, pois fere o artigo 5º, inciso 9º que diz “é livre a expressão da atividade intelectual, artistica, científica e de comunicação, independente de censura ou licença”. E é isso que a Câmara Municipal de Mossoró quer fazer com os nossos artistas potiguares.

Quer restringir um direito garantido com muito suor e trabalho. Por isso quero que conste em ata a minha nota de repúdio à atitude de censura e discriminação de alguns vereadores da Câmara Municipal de Mossoró ao artista potiguar.

Décimo ainda está pendente

O Governo do Estado ainda não definiu se fará antecipação do décimo terceiro salário no mês de julho. Durante todo dia de ontem foram muitos os boatos apontando que não haveria antecipação. No entanto, a assessoria do Governo, afirmou que até amanhã trará um posicionamento sobre o pagamento. “A Secretaria de Planejamento informa que está trabalhando no calendário de pagamento do décimo terceiro e até sexta-feira terá mais informações concretas para repassar”, afirmou a assessoria de imprensa.

Rayane MainaraRosalba enfrenta dificuldades para pagar salários em diaRosalba enfrenta dificuldades para pagar salários em dia

A antecipação de parte do décimo terceiro salário em junho, embora não seja obrigatória por lei, já vem sendo feita há quase 20 anos, desde que foi aprovado o projeto de lei de provisionamento de recursos, ao longo do ano, para pagamento do benefício. No ano passado, a governadora Rosalba Ciarlini pagou 40% do décimo terceiro junto com a folha do mês de junho. Na época, ao divulgar o fato, a Assessoria do Governo enalteceu que “ao definir pelo adiantamento do décimo terceiro, a governadora Rosalba Ciarlini mantém um formato já adotado pela sua própria administração e pelas gestões passadas”. Em 2012, a antecipação ocorreu nos dias 18 e 19 de junho, e em 2011, no dia 19 de junho, cumprindo a tradição de antecipar os recursos. Por lei, empresas e órgãos públicos são obrigados a pagar o 13º em duas parcelas, sendo a primeira no final de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.

A incerteza sobre a antecipação do13º este ano  é mais uma sinalização da crise nas finanças estaduais. Desde setembro do ano passado, o Executivo paga a 97% do funcionalismo no último dia útil do mês e deixa 3%,  o equivalente a mais de 3 mil pessoas, para o dia 10 do mês seguinte, quando o tesouro repassa a primeira das três parcelas mensais do FPE.

Este ano, as principais prefeituras do Estado mantiveram o calendário e anteciparam o pagamento de 40% do décimo em junho, como foi o caso de Natal, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante.  Outras prefeituras potiguares optam por pagar a metade do décimo terceiro no mês de aniversário do servidor.

Montanhas RN – Eleição para eleger o Presidente da Câmara Municipal foi adiada sem data para a nova convocação

???????????????????????????????
???????????????????????????????
Hoje (25) foi adiada a eleição para a escolha da Presidência da Câmara Municipal por falta de quórum, estiveram presentes apenas os vereadores do (PROS) Edson Nascimento e a vereadora FÁ, (PR) Zé Porcidônio e o Vereador Fabiano do (PMDB), além do Advogado da Câmara Dr. Evandro e demais populares que assistiam a abertura da sessão até o seu encerramento, que a bem da verdade muitos se decepcionaram com as atitudes dos vereadores que não compareceram para exercer a sua cidadania.

O blog Montanhas em Ação esteve presente e agora estamos publicando os fatos que até então acorreram no plenário. Quanto ao vereador Itamar (PROS) por motivo maiores que acreditamos ser de cunho pessoal não pôde comparecer à sessão, ele estava sendo aguardado por todos, mas como não houve essa possibilidade, não foi possível a realização da mesma.

Após o encerramento da sessão o Vereador Edson, nos reportou as seguintes informações: “Estamos conversando com o advogado e demais vereadores para realizarmos uma nova convocação em caráter definitivo para darmos por concluído mais esse trabalho aqui na Casa.” Quando perguntamos se ele sabia o motivo da ausência dos vereadores faltosos, ainda nos informou: Não tenho conhecimento e que todos foram comunicados que às 08:00 horas haveria a sessão para a escolha da Presidência da Câmara e sua composição conforme Edital afixado no mural. Disse!

Os demais vereadores da base de sustentação do prefeito, Ronaldo Pedro, Maria da Luz, Dado Teixeira e Marcleide as ausências já eram esperadas, até pelo fato de obedecerem a ordem do chefe político de Montanhas Nino Januário e por acharem justas cumpriram as suas orientações . Ainda ontem publicamos uma matéria que apontava para essa realidade que tão somente hoje foi comprovada.

Acontece que na realidade mais uma vez vamos ter que aguardar o posicionamento do atual Presidente para o agendamento e publicação dos editais para uma nova convocação e quem sabe assim, possa desta vez, decidir com números suficientes de vereadores para a escolha do próximo biênio de 2015 a 2016.

É importante que o processo democrático seja realizado com o entendimento de todos e que a transparência seja a tônica deste regime, porque desta forma Montanhas agradece e a população passa, a saber, quem é quem dentro deste contexto. Uma coisa se tem certeza, O povo de Montanhas está de olho nesta votação da Câmara Municipal. Não tenha dúvida!!!

250704_284044405026931_1742982722_n

POR QUE GAROTOS PASSAM O DIA FOTOGRAFANDO A SÍ MESMOS?

 

selfPodemos pensar que algumas modas e tendências que atualmente se apoderam das redes sociais são algo novo e próprio de nossos dias. Mas sem dúvida é certo que muitas das condutas que hoje nos parecem modernas já tinham seu eco em tempos passados. Por exemplo a moda de fotografar a si mesmo que abarrota os perfis do facebook e twitter não é mais que a natural inclinação do ser humano de ver a si mesmo.

Desde o reflexo na água de algum lago, até o descobrimento do espelho, passando pelos auto-retratos de todas as épocas e autores o ser humano sempre gostou de contemplar-se para comprovar que aspecto tem…e com a invenção da fotografia então…

Um exemplo antigo de “selfie” fotográfico podemos encontrar na página da web do Museu da cidade de Nova York e data de quase um século.

1920-1Em dezembro de 1920, os fotógrafos da Byron Company de Nova York subiram no telhado do Marceau Studio com uma câmara e fizeram umas fotos. O resultado é o mesmo dos “selfies” de hoje em dia se imaginarmos o salto de cem anos em que aquela aparatosa câmara foi trocada por um moderno iPhone.

1920-2

Portanto, na hora de criticar a garotada que passa o tempo todo tirando fotos de si mesmo e com seu grupo de amigos lembre-se que essa é a natureza humana desde tempos imemoriais.

GERALDO VANDRÉ OU, O QUE RESTOU DELE… ENTREVISTADO POR GENETON MORAES

O “DECÁLOGO” DE GERALDO VANDRÉ NA PRIMEIRA ENTREVISTA QUE GRAVA PARA A TV DESDE O INÍCIO DOS ANOS SETENTA:

1.”EU ESTOU EXILADO AINDA – ATÉ HOJE, NÃO VOLTEI”
2.”ARTE É CULTURA INÚTIL. CONSEGUI SER MAIS INÚTIL DO QUE QUALQUER ARTISTA.SOU ADVOGADO NUM TEMPO SEM LEI”
3.”PROTESTO É COISA DE QUEM NÃO TEM PODER”
4.”NÃO EXISTE NADA MAIS SUBVERSIVO DO QUE UM SUBDESENVOLVIDO ERUDITO”
5.”NÃO SOU MILITARISTA. TAMBÉM NÃO SOU ANTI”
6.”NÃO TENHO O QUE CORRIGIR EM NADA DO QUE FIZ. TENHO ORGULHO”
7.”RARAMENTE ME ARREPENDO DO QUE FAÇO”
8.”A LOUCURA É A AVIAÇÃO. A MAIOR LOUCURA DO HOMEM É VOAR”
9.”O QUE EXISTE É CULTURA DE MASSA. NÃO É CULTURA ARTÍSTICA BRASILEIRA. NÃO HÁ ESPAÇO PARA A CULTURA ARTÍSTICA”
10.”NUNCA FUI MILITANTE POLÍTICO. NUNCA PERTENCI A NENHUM PARTIDO. NUNCA FUI POLÍTICO PROFISSIONAL”

O compositor e cantor que entrara para a história da MPB dos anos sessenta como autor de canções como “Disparada” (em parceria de Théo de Barros) e “Pra Não Dizer que Não Falei de Flores”/Caminhando” , parecia ter se especializado em provocar espantos em série no público.

Primeiro espanto: numa declaração feita na volta do exílio, anunciou que, a partir dali, só queria fazer “canções de amor e paz”. O Jornal do Brasil registrou outras declarações de Vandré: “Eu desejo, em primeiro lugar, integrar-me à nova realidade brasileira. Isso é um processo que demanda paciência e tranqüilidade de espírito – que espero encontrar aqui, nessa nova realidade”.

Segundo espanto: ao contrário do que se esperava, não houve novas canções de “amor e paz”. Vandré sumiu. Nada de shows, nada de entrevistas, nada de excursões. Nada, nada, nada. Recolheu-se a um país que parece ter um só habitante: o próprio Geraldo Vandré.

O Vandré pós-exílio não lembrava em nada o compositor que arrebatara o público no Festival Internacional da Canção de 1967. Entoados por Vandré diante de um Maracanãzinho superlotado, os versos de “Caminhando” ( “vem/vamos embora/que esperar não é saber/quem sabe faz a hora/não espera acontecer”) saíram daquele palco para entrar na história: viraram uma espécie de hino de protesto contra o regime militar. Sob uma vaia de fazer tremer as estruturas do ginásio, o júri deu o prêmio à “Sabiá”, a parceria de Chico Buarque com Tom Jobim. Mas o público foi seduzido pelo tom incendiário dos versos de “Caminhando”. Pouco depois, desabava sobre o país o Ato Institucional número 5 – que dava poderes absolutos aos militares. Vandré partiu para o exílio. A música “Caminhando” foi proibida.

O terceiro espanto viria anos depois: para surpresa geral, descobriu-se que Geraldo Vandré compôs uma peça sinfônica em homenagem à FAB, a Força Aérea Brasileira. Sim, era verdade. Vandré não apenas compôs a declaração de amor à FAB como cultivou uma relação próxima com a Aeronáutica. Vive sozinho em São Paulo. Quando vem ao Rio, para visitar a mãe nonagenária, hospeda-se no hotel do Clube da Aeronáutica, nas proximidades do aeroporto Santos Dumont.

A pergunta que todos gostariam de fazer é a mais simples possível: o que foi que aconteceu com Geraldo Vandré ?

Vandré : “Ficou fora dos acontecimentos (ri). Ficou fora dos acontecimentos. Acho melhor para ele. Tenho outras coisas para fazer. Estudei leis. Quando terminei meu curso de Direito aqui no Rio e fui me dedicar a uma carreira artística, já sabia que arte é cultura inútil. Mas hoje consegui ser mais inútil do que qualquer artista. Sou advogado num tempo sem lei. Quer coisa mais inútil do que isso ? Quando entrei na escola, para estudar, era a Universidade do Distrito Federal. Quando saí, era Universidade do Estado da Guanabara. Hoje, é Uerj, no Maracanã”.

Você se animaria a fazer uma temporada comercial,em teatros ?


Vandré : “Tenho uma prioridade: fazer a minha obra de língua espanhola. É uma obra popular. Além de tudo, o que quero fazer, antes de cantar canções populares no Brasil, é terminar uma série de estudos para piano, música erudita com vistas a composição de um poema sinfônico. Porque aí já é a subversão total. Não existe nada mais subversivo do que um subdesenvolvido erudito”.

O fato de a música “Caminhando” ter se tornado uma espécie de hino de protesto provoca o quê em você hoje: orgulho ou irritação ?

Vandré: “Estou tão distante de tudo. Mas não tenho o que corrigir em nada do que fiz. Tenho muito orgulho de tudo o que fiz. Protesto é coisa de quem não tem poder. Não faço canção de protesto. Fazia música brasileira. Canções brasileiras. A história de “protesto” tem muito a ver com a alienação denominatória, é o “protest song” norte-americano, a música country. Há algumas coincidências. Não concordo com a denominação “música de protesto”. Fiz música popular brasileira”.

Você teve uma divergência artística com os tropicalistas – entre eles, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Hoje, você ainda considera ruim a música que eles faziam na época ?

Vandré : “Com essa pergunta, eu me lembrei de uma reposta que o próprio Gil deu uma vez. Fiz uma pergunta a ele. Não me lembro qual foi. E ele disse: “Ah, faço qualquer coisa. Uma tem que dar certo”. Eu não faço qualquer coisa”.

Mas você mudou de opinião sobre os tropicalistas ou não ?


Vandré: “Parece que eles continuam na mesma. É o que me parece. Eu estou distante de tudo – não só do Tropicalismo como de tudo praticamente que se faz do Brasil”.

Em que país vive Geraldo Vandré ?

Vandré: “Vive num Brasil que não está aqui. Geraldo Vandré vive no Brasil. Eu até me atreveria a dizer que quem não vive no Brasil é a maioria dos brasileiros. A quase totalidade dos brasileiros não vive mais no Brasil. Vive num amontoado”.

Como é este Brasil de Geraldo Vandré ?

Vandré : “É o antes – de quarenta anos atrás. O país que o Brasil era quando fiz música para o Brasil não era este país de hoje. Não existia este processo de massificação. Dentro da minha própria carreira – profissionalmente falando – houve uma mudança ali no Maracanãzinho. Ali, houve a passagem do que eu fazia para um público de um teatro de setecentas ou no máximo mil e duzentas pessoas para um ginásio com trinta mil pessoas. E a televisão direto no ar. Já foi a massificação”.

O Brasil de quarenta anos atrás era melhor do que o Brasil de hoje ?

Vandré: “Eu fazia música para aquele país”.

E por que não fazer música para o Brasil de hoje ?

Vandré: “Porque o país é outro. O que existe é cultura de massa. Não é cultura artística brasileira. Não há praticamente espaço para a cultura artística. Se você considerar os outros autores, eles fazem coisas de vez em quando. Não têm uma carreira como tinham antigamente – nem Chico Buarque nem Edu Lobo, ninguém. A carreira que eles têm é uma carreira hoje muito segmentada”.

Você se considera, então, uma espécie de exilado que vive dentro do Brasil ?

Vandré: “Estou exilado até hoje. Ainda não voltei. Eu estou exilado e afastado das atividades que eu tinha até 1968 no Brasil. Eu me afastei. Não retornei”.

Por que é que você resolveu se afastar totalmente da carreira artística naquela época ?


Vandré: “Naquela época, já era assim: já era como hoje. Quando voltei, o Brasil já estava num processo de massificação em que o público para quem eu tinha escrito e para quem eu tinha composto praticamente já não existia, aquela classe média de quatro anos e meio antes. Estava muito confuso tudo.Fui esperando, fui vendo outras coisas. Isso foi de mal a pior – cada vez mais. Para você ter uma ideia: quando terminei o curso de Direito no Rio e me mudei para São Paulo, em 1961, para fazer uma carreira artística, não existia bóia-fria em São Paulo. Hoje, São Paulo é a terra do bóia-fria: todo mundo amontodo nas cidades. Vão aos campos para plantar e para colher e depois voltam para a cidades. Quando fui para São Paulo, a cidade tinha quatro milhões de habitantes. Hoje, são dezesseis milhões de amontoados. É um genocídio. Tiraram todo mundo dos campos para produzir e exportar…”

A decisão de interromper a carreira,então, foi – de certa maneira – um protesto contra o que você via como “massificação” da sociedade brasileira ?

Vandré: “Não. O que houve foi muito mais uma falta de motivo, uma falta de razão para cantar. Protesto,não: falta de razão, falta de porquê. Estou fazendo o que acho que devia fazer”.

O que é que chama a atenção do Geraldo Vandré no Brasil de hoje ? Que manifestação artística desperta interesse ?

Vandré: “A miséria aumentou. Se você pegar a letra de “Caminhando” – ” pelos campos, as fomes em grandes plantações/pelas ruas marchando indecisos cordões/ ainda fazem da flor seu mais forte refrão/ e acreditam nas flores vencendo o canhão” -, hoje é mais ainda. Hoje, as ruas estão muito mais cheias de indecisos cordões. O processo de massificação destruiu praticamente a urbe brasileira”.

Você se animaria a fazer uma canção como “Caminhando” hoje ?

Vandré:”Não existe isso. A gente nunca faz uma canção como uma outra. Aquela é uma canção. Cada uma é uma.A gente faz independentemente de animação. Quando decide fazer, faz”.

Você diria que o Brasil é um país ingrato ?

Vandré : “Não. De forma alguma. São coisas que ocorrem. Guerra é guerra.Não perdi (ri). Eu me lembrei agora de um poema muito bonito de Gonçalves Dias que aprendi com meu pai: “Não chores, meu filho, não chores/ Viver é lutar/ A vida,meu filho, é combate/é luta renhida/ que aos fracos abate e aos bravos só pode exaltar”.

Quando você se lembra hoje do Maracanãzinho inteiro cantando “Caminhando” que sentimento você tem ?

Vandré: “Aquilo foi muito bonito, muito bonito. Pena que eu não posso ver o VT. Estão guardando o VT não sei para quê.Quero ver o VT. Lá na sua estação eles devem ter. Procure lá. Consegue o VT para ver!” ( olhando para a câmera).

Você tem saudade daquela época ?

Vandré : “Saudades….Saudades…Um pouco. Mas também há tanta coisa para fazer que não dá muito tempo de sentir saudade”.

Você vive de quê hoje ? Você recebe direitos autorais ?

Vandré: “Nunca dependi de música para viver. Sou servidor público. Hoje, estou aposentado como servidor público federal”.

Você deixou de receber direitos autorais ?

Vandré: “Pagam o que querem. Não existe controle. Não existe critério. Se nós tivéssemos direito de autor, teríamos os direitos conexos, direitos de marcas, patentes, propriedade industrial. É um assunto complexo. Mas aí não seríamos subdesenvolvidos“.

Você foi o único grande nome daquela geração que não voltou aos palcos – entre eles, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque…

Vandré: “Eu não voltei. É uma boa pergunta: por que não voltei? Não mudou tudo ? Mas será que mudou ?As razões pelas quais me afastei continuam preponderantes no que que se apresenta como realidade brasileira”.

Se você fosse escrever um verbete numa enciclopédia sobre Geraldo Vandré qual seria a primeira frase ?

Vandré: “Criminoso (ri)”.

Por quê ?

Vandré : “O que você chama de governo ainda me tem como anistiado por haver cantado as canções que cantei. Fui demitido do serviço público por causa das canções. O que se apresenta como governo no Brasil até hoje cobra impostos sobre o “corpo de delito” que foram as canções que fiz. Deu para entender agora ? “.

Você foi punido pelo governo da época, perdeu o emprego público…

Vandré: “Fui demitido. Depois, retornei. Briguei, briguei, briguei..”

Em algum momento, você foi considerado “criminoso”…

Vandré: “Fui demitido por causa da canção. E essa canção que foi mltivo de minha demissão até hoje é…Voltei por força de um despacho dado com fundamento na Lei de Anistia, como se eu fosse criminoso. Anistia é para criminoso – condenado por sentença transitada em julgado, se ele aceitar. Porque ele pode não aceitar. Aceitar a anistia significa aceitar-se criminoso, beneficiário de anistia”.

Você acha que a grande injustiça foi esta : em algum momento você ser considerado um criminoso ?

Vandré: “Injustiça não é a palavra…”

Você teria cometido um “delito de opinião” …

Vandré: “Não. Era subversão mesmo, sob certos aspectos, porque não havia nada mais para fazer naquele instante. Não me lembro. Mas as Forças Armadas, propriamente ditas, entenderam muito melhor do que a sociedade civil. Nunca tive nenhum problema com as Forças Armadas propriamente. Sempre houve uma consideração e respeito entre nós”.
Hoje, você nega que tenha sido em algum momento um antimilitarista nos anos sessenta ?


Vandré: “Nunca fui antimilitarista. Nunca assumi tal posição. Fui lá e falei o que queria dizer, numa canção que foi dita e cantada no Brasil diante de todo mundo. A canção foi cantada para os soldados, também”.

O grande equívoco sobre Geraldo Vandré foi este : achar que você era antimilitarista ?

Vandré : “Não houve, na realidade, um grande equívoco. Houve uma grande manipulação porque, quanto mais proibido, mais sucesso fazia; mais se vendia; menos conta se prestava. É uma questão muito séria”.

Você disse, numa discussão na época dos festivais: “A vida não se resume a festivais”. Hoje, tanto tempo depois dos festivais, qual é o principal interesse do Geraldo Vandré ?

Vandré : “São as outras coisas que não estão nos festivais. Minha vida funcional – de que cuidei até me aposentar; as minhas relações com a Força Aérea, o meu projeto de fazer estas gravações na América espanhola…Tenho muita coisa para fazer”.

Outro grande nome que se celebrizou como opositor do regime militar na música brasileira foi Chico Buarque de Holanda. Você acompanhou o que ele fez depois ?

Vandré: “Chico teve um caminho diferente do meu. Não chegou a parar. Produziu muito durante aquela época em que eu estava fora. Chico ficou aqui. Saiu e voltou, saiu e voltou. Passei quatro anos e meio fora. Quando voltei, fiz uma tentativa de apresentação num programa de televisão. Não vem ao caso qual, mas não gostei do que aconteceu: o jogo de pressões que se fez em volta. Recuei. Depois, passou-se um tempo. A própria Globo queria fazer um festival. Chegaram a me procurar. Não tive interesse em participar”.

É verdade que você ficou escondido na casa da família Guimarães Rosa antes de ir para o exílio ?

Vandré: “Eu saí de circulação. Depois que o tempo foi passando, as coisas vão ficando claras: as Forças Armadas propriamente ditas não tinham nada contra mim. Não tomaram nenhuma iniciativa contra mim. Quando fecharam o Congresso Nacional, no dia 13 de dezembro de 1968, eu estava indo para Brasília para fazer um espetáculo.Evidentemente, suspendemos o espetáculo. Vim de carro – guiando – até São Paulo. Eu estava à mão das Forças Armadas….Nunca deixei de estar. Mas claro que algo poderia acontecer: ao andar à toa pela rua, eu poderia de repente encontrar um “guardinha de trânsito” que quisesse fazer média. Há sempre alguém que quer tirar proveito de situações assim. Para evitar, saí de circulação. Durante um tempo, estive na casa de Dona Aracy (viúva de Guimarães Rosa – que tinha morrido meses antes). Fiquei lá porque, quando vinha para o Rio, como não tinha casa aqui, sempre ficava na casa de amigos e de pessoas conhecidas”.

Por que você tomou esta decisão tão drástica – de interromper uma carreira de tanto sucesso ?

Vandré: “Decidir sair do Brasil naquele ano de 1968. (N:Os mesmos agentes que prenderam Caetano Veloso e Gilberto em São Paulo,em dezembro de 1968, tentaram prender Geraldo Vandré. Mas, avisado por Dedé, à época mulher de Caetano Veloso, Geraldo Vandré conseguiu escapar a tempo) Eu tinha uma programação para fazer fora do Brasil. Tinha um contrato com a televisão Bavária,na Alemanha, para fazer um filme sobre Geraldo Vandré. Fui fazer. Passei um ano e meio pela Europa. Depois, voltei para o Chile – para onde eu tinha ido do Brasil. Havia muitos brasileiros lá ainda. De lá, fui para o Peru. Ganhamos um festival em Lima em 1972 com uma canção que era a única não cantada em espanhol. Era cantada em “brasileiro” mesmo. O Brasil não conhece a canção.Chama-se “Pátria Amada Idolatrada, Salve, Salve – Canção terceira”.

Você se lembra da letra ?


Vandré : “Eu me lembro. É uma canção que foi feita para ser cantada por um homem e uma mulher. Existe de caso pensado – coincidentemente – uma confusão de sentimentos entre a ideia da pátria e a ideia da mulher amada.O homem canta: “Se é pra dizer-te adeus/ pra não te ver jamais/Eu – que dos filhos teus fui te querer demais-/no verso que hoje chora para me fazer capaz da dor que me devora/quero dizer-te mais/ que além de adeus/ agora eu te prometo em paz levar comigo afora o amor demais”.

E a mulher, cuja imagem se confunde com a noção da pátria, responde:

“Amado meu sempre será quem me guardou no seu cantar/ quem me levou além do céu/além dos seus/e além do mais/ amado meu/ que além de mim se dá/não se perdeu nem se perderá”.

Os dois cantam juntos um para o outro. É um contraponto”.

Você foi constrangido a gravar, em 1973, um depoimento em que negava que fosse militante político. Qual foi o peso deste depoimento na decisão de Geraldo Vandré de interromper a carreira ?

Vandré: “Nunca fui constrangido a declarar que não tive militância política. Nunca tive militância político-partidária. Nunca pertenci a nenhum partido. Nunca fui político profissional. Não fui obrigado a dizer que não era militante. Nunca fui militante político. Nesta contemporaneidade em que estamos, eu me lembrei de um professor de Filosofia que dizia: “O homem é um animal político”. Sou uma qualidade de animal político que não depende de eleição. Vamos estudar a diferença entre política e eleição ?”.

Que lembrança você guarda deste depoimento ? Você foi levado para uma sala do aeroporto de Brasília e gravou um depoimento em que – de certa maneira – renegava ….

Vandré (interrompendo) : “É um assunto que ficou muito confuso. Não me lembro exatamente. Gostaria de ver a declaração…”

Você gravou o depoimento quando voltou do Chile…

Vandré: “Gostaria de ver, porque houve montagens. Era gravação. O que foi para o ar não sei”

O depoimento criou espanto na época, porque – de certa maneira – era você negando a militância política…

Vandré: “Nunca fui militante. Se engajamento político é pertencer a um partido, nunca pertenci a nenhum. Nunca fui engajado politicamente”.

Você obrigado a gravar este depoimento ? Fazia parte do acordo para voltar para o Brasil ?

Vandré: “Queriam que eu fizesse uma declaração. Não me lembro o que foi que disse. Mas eu disse coisas que poderia dizer. O que eu disse era verdade. Não disse nada que não tenha querido dizer. A TV Globo deve ter isso. Procure lá…”

A gente procurou e não encontrou….

Vandré: “Pois é: somem com tudo. Que loucura essa…Por quê ? Veja se acha o vt do Maracanãzinho. É o que tem Tom Jobim. É o mesmo vt. A minha parte sumiu. Por quê ? Fizeram uma retrospectiva do Festival. Botaram o Festival no Maracanãzinho- Tom,Chico, todo mundo, Cynara e Cybele. Mas,na hora de botar o Geraldo Vandré, usaram um filme feito na Alemanha, em que eu estava de barba. Não é certo”…

Talvez tenham recolhido o filme…

Vandré: “Para mim, é muito difícil acreditar que a TV Globo tenha se desfeito do filme. Não acredito. Devem estar guardando muito bem guardado”

Só para esclarecer este episódio sobre o depoimento que você gravou quando voltou do exílio : que lembrança exatamente você tem ? Quem pediu a você para gravar este depoimento ?

Vandré: “Aquelas declarações foram feitas para uma pessoa que se me apresentava como da Polícia Federal. Fiz um depoimento aqui. Depois, disseram que eu tinha de ir para Brasília. Cheguei ao Brasil no dia 14 de julho. Dois meses depois, apareço como se estivesse chegando em Brasília. Aquilo foi uma manipulação. O depoimento foi gravado antes. Gravaram-me descendo do avião em Brasília. Tudo muito manipulado. É esta a história dos vts: normalmente, temos esta doença. Estou falando aqui. O que vai ser mostrado vai ser uma seleção que a estação vai fazer. Não vai ser o que estou dizendo. Isso é muito sério”.

Para encerrar o assunto: o depoimento teve um peso na decisão de interromper a carreira ? Você ficou incomodado com aquilo ?

Vandré: “Não. Eu estava chegando e vendo como estavam a coisas.Não tinha menor noção da realidade. Tive de passar por um processo de adaptação no retorno ao Brasil”.

O grande mistério que existe sobre Geraldo Vandré durante todas essas décadas é, afinal de contas, o que aconteceu com ele depois da volta do exílio: você foi maltratado fisicamente ?

Vandré: “Não.Não”

Que papel você acha que vai caber a Geraldo Vandré na história da música popular brasileira moderna ?

Vandré: “Nunca fiz este tipo de avaliação”.

Que papel você espera ter ? Você se acha suficientemente reconhecido ?

Vandré: “Obtive o reconhecimento que procurei e quis”.

Você em algum momento se arrepende de ter interrompido a carreira ?

Vandré: “Não. Porque raramente me arrependo das coisas que faço. Calculo bem, reflito bem, meço bem : quando faço é para ficar feito mesmo. Não existe arrependimento não”.

Para efeito de registro histórico: você, primeiro, não se considera antimilitarista…

Vandré: “Não…”

Segundo: você não foi maltratado fisicamente durante o regime militar…

Vandré: “Não…”

Terceiro: você disse o que quis no depoimento que você foi forçado a gravar quando voltou do exílio…

Vandré: “E em quarto: há o Quarto Comando Aéreo Regional…Tenho uma canção para o “exército azul”, a Força Aérea…(ri e exibe o brasão da Aeronáutica, impresso numa espécie de cartão de visita que traz, no verso, a letra de “Fabiana“). A aviação é muito bonita. A loucura é a aviação. Porque a maior loucura do homem é voar. Conhece loucura maior do que esta ? Não existe”.

Como é que surgiu a fascinação de Geraldo Vandré pela aviação ?

Vandré: “Desde pequeno, desde criança”.

Você gostaria de ter sido aviador ?

Vandré: “É. Não fui aviador militar. Não sou piloto, mas – de certa forma – sou aviador, porque me ocupo de assuntos da aviação. Uma coisa é aviador, outra é piloto. Você pode ser piloto, co-piloto, rádio navegador, mecânico de bordo, médico aviador. Há vários caminhos – não necessariamente tem de ser piloto…”.

O fato de você ter composto uma música em homenagem à Força Aérea criou um certo espanto. Hoje, você se hospeda em hotéis da Aeronáutica, como este. Nós estamos num ambiente militar…

Vandré :”Relativamente, porque este é um instituto de direito privado…”

Houve alguma mudança na postura do Geraldo Vandré ou não em relação às Forças Armadas ?

Vandré : “O que houve foi o reconhecimento de uma parte da sociedade que nunca tinha tido oportunidade de saber realmente quais eram as minhas posições”.

Em que situação Geraldo Vandré voltaria a um palco hoje ?

Vandré:”Depende de onde. Tenho uma programação na qual investo meu tempo e minhas energias : gravar um disco no exterior, num país de língua espanhola. É minha prioridade. Depois, vou ver minha programação para o Brasil. Escrevi umas trinta canções originalmente em “americano de habla hispânica”. Quero gravar num país de música espanhola, com músicos de lá. Minha prioridade comercial é esta. Para o Brasil, por ora, o projeto é a canção da Força Aérea mesmo – e um projeto sinfônico. A canção se chama Fabiana porque nasceu na FAB – em sua honra e em seu louvor”.

Você, hoje, então prefere compor peças sinfônicas ?

Vandré: “Tenho estudado música. Compus uma série de estudos para piano – aproveitando da técnica de uma jovem pianista de São Paulo. Mas a música ganhou outras dimensões. Passou a ser física e matemática. Ritmos do coração. Fica mais complicado,mas, para mim, é música”.

Você tem planos de gravar a música que você fez em homenagem à FAB ?

Vandré: “Claro. Já fizemos uma apresentação numa festa da Força Aérea em torno das comemorações da Semana da Asa, em São Paulo, com um coral de trezentos infantes. Uma coisa muito bonita. Com o tempo, vamos ver quais são alternativas que se colocam”.

Você declarou algumas vezes : “Geraldo Vandré não existe mais….”


Vandré ( interrompendo) : “Não, não declarei. Eu disse que ele não canta no Brasil comercialmente. Apresentei uma canção para a Força Aérea do Brasil. Não canto comercialmente no Brasil porque os problemas todos que tive de enfrentar resultaram de especulações comerciais: vendas clandestinas, câmbio negro, tudo isso. Quanto mais se proibia,mais se vendia. A sociedade, às vezes, tem essa doença”.

Você canta “Disparada” hoje, em casa ?

Vandré : “Não. Faz tempo que não pego num violão. Tenho de voltar a estudar”.

Que instrumento, então, você toca ? Piano ?

Vandré :”Não. Não sou pianista. Toco de improviso alguma coisa”.

Pelo menos duas músicas que você compôs são conhecidíssimas até hoje: “Disparada” e “Caminhando”.

Vandré ( interrompendo) : “Pelo menos duas…”

Se você fosse escolher uma, que música você escolheria como típica da produção de Geraldo Vandré ?

Vandré: “Disparada” é mais brasileira, tem uma forma mais consequente com a tradição das formas da música popular : a moda de viola. “Caminhando” já é mais urbana. É uma crônica da realidade. É a primeira vez que fiz uma crônica. Deu no que deu. A realidade não estava muito querendo ser…”

Retratada…A obra-prima de Geraldo Vandré qual é ?

Vandré: “Todas são iguais. Para mim, são todas iguais. Isso de obra-prima é uma questão de seleção e de predileção do público, os meios de comunicação e os chamados formadores de opinião”.

Mas você deve ter uma predileção pessoal…

Vandré: “Não tenho. É tudo igual mesmo”.

As peças sinfônicas você compõe como ?

Vandré : “As melodias, algumas harmonias…Para escrever em notas convencionais, preciso da escrita de pessoas que estão muito mais afeitas a esta tarefa do que eu.Eu levaria anos para escrever uma partitura. Jamais escreveria como alguém que faz parte de uma orquestra, lê e escreve na hora, à primeira vista. Hoje,estou dedicado a preparar um poema sinfônico cuja abertura coralística será a Fabiana, a canção que fiz para a Força Aérea”.

Você hoje se animaria a fazer um espetáculo para o público brasileiro ?

Vandré :”Não.Para o público brasileiro, só uma coisa muito especial”…

Em que situação você voltaria a se apresentar no Brasil ?

Vandré: “Chegamos a cogitar de fazer uma apresentação da Fabiana no Clube de Aeronáutica. É um dos projetos de que chegamos a nos ocupar. Mas até agora as coisas ficaram postergadas, porque o clube vai entrar em reforma. Vêm aí as Olimpíadas Militares. O clube vai ter de se adequar”.

Qual é a grande inspiração que você tem para compor essas peças sinfônicas ? O que é que motiva você a compor ?

Vandré: “Nunca dependi muito da palavra inspiração. Escolhia os temas. O fundamental para mim é a memória que tenho do que ouvia no cancioneiro popular, as músicas de desde a minha infância”.

O público brasileiro ainda vai ter chance de ver Geraldo Vandré cantando “Caminhando” e “Disparada” no palco ?

Vandré: “Isso é profecia. Não sou profeta”.

O que é que levou você a fazer uma música em homenagem à FAB, a Força Aérea Brasileira, você, que era tido nos anos sessenta como antimilitarista ?

Vandré: “Era tido. Por quem ? Isso deveria ser perguntado para os que a mim me tinham como antimilitarista.Não sou militarista. Mas também não sou anti. Todos os países soberanos do mundo têm suas forças armadas. O que é que devemos fazer com as nossas ? Entregá-las para outras pessoas ? Vamos fazer isso ? Acho que não!

Chamo de “Fabiana” porque nasceu na FAB. Costumamos dizer assim: uma servidora da FAB é “fabiana”. A letra diz : “Desde os tempos distantes de criança numa força,sem par, do pensamento teu sentido infinito e resultado do que sempre será meu sentimento/todo teu/todo amor e encantamento/vertente.resplendor e firmamento/ Como a flor do melhor entendimento/a certeza que nunca me faltou/na firmeza do teu querer bastante/seja perto ou distante é meu sustento/ De lamentos não vive o que é querente do teu ser no passado e no presente/Do futuro direi que sabem gentes de todos os rincões e continentes/que só tu saber do meu querer silente/porque só tu soubeste, enquanto infante, das luzes do luzir mais reluzente pertencer ao meu ser mais permanente”.

O refrão é, coincidentemente, um contraponto de “vem/vamos embora/ que esperar não é saber” : “Vive em tuas asas todo o meu viver/ meu sonhar marinho / todo amanhecer”.

Termina a entrevista. Já são quase sete da noite. O Grande Solitário da MPB caminha em direção à escadaria que dá acesso à ala de hóspedes do hotel que funciona no Clube da Aeronáutica. Parte sozinho. Vai em companhia do único habitante do Brasil que Geraldo Vandré criou para si: o próprio Geraldo Vandré.

COMO CALCULAR SUAS EMISSÕES DE CO2 DE SUAS ATIVIDADES DIÁRIAS

Assim como ações irresponsáveis de inúmeras pessoas e organizações continuam a ameaçar nossos recursos naturais, notamos, por outro lado, uma crescente disposição de muitos membros da sociedade civil à tomarem iniciativas que auxiliem em reverter este quadro.

Em nossa vida diária, grande parte de nossas atividades repercutem de alguma forma no meio ambiente. Seja pela queima de combustíveis fósseis em nossos automóveis, pelo nosso consumo de alimentos, muitos dos quais foram plantados ou criados em áreas que eram antes Mata Atlântica, seja pelos recursos naturais que usamos em nossas casas, como madeira, granito, ou água. Temos todos um “déficit” com o meio ambiente.

Ao nos tornarmos conscientes de nossa responsabilidade individual e tomarmos iniciativas para auxiliar na diminuição do quadro de depredação que está ocorrendo, estaremos ajudando a reverter este quadro.

O link abaixo abre uma tabela de cálculo de CO2 no site Florestas do Futuro. Veja quanto você emite de CO2 e quantas árvores serão necessárias plantar por ano para neutralizar essas emissões. É bastante simples e rápido.

http://www.florestasdofuturo.org.br/paginas/home.php?pg=calculadora/index

Montanhas RN – Eleição para Presidente da Câmara Municipal

Índice

Amanhã (25) eleição para a escolha da Presidência da Câmara Municipal e sua mesa diretora que fará a partir das 08:00 horas, o Edital publicado naquela Casa Legislativa aponta para apenas uma chapa registrada.

Agora vamos entender o procedimento para a maioria dos votos, necessário se faz que ao menos com 5 vereadores consigam eleger o Presidente.

A expectativa é que dos 9 vereadores eleitos para o mandato de 2012 à 2016 estejam presentes na sessão, o que está sendo difícil, porque de acordo com informações populares o bloco que acompanha o Prefeito, que hoje formado por 4 vereadores não comparecerão, o que também não posso confirmar aqui essa posição, para tanto não disponho de informações precisas neste sentido, mas o que tudo indica é que o Bloco (Vereadores: Itamar (PROS), Fabiano (PMDB), José Porcidônio(PR) e a Vereadora Fá (PROS)) que hoje acompanha politicamente na câmara o atual presidente  Edson Nascimento (PROS), popularmente conhecido por Montanha, esteja coeso e com bastante satisfação em mantê-lo a frente dos trabalhos daquela Casa.

Vamos todos comparecer amanhã, no horário já mencionado e comprovar a eficiência dos Vereadores em exercer a sua cidadania. É o que podemos comentar até o presente momento.

Mas informações assim que tivermos noticias do assunto em questão.